Emancipados e Medíocres começam a ser a formados ou formatados já na primeira socialização, aquela que se dá no seio, no meio familiar e nos grupos sociais diretos e indiretos relativos a ele, ou seja, pela educação que recebem diretamente dos pais e/ou por parte daqueles que estão nessa mesma função os por parentes e vizinhos que, direta e indiretamente interagem e convivem com eles.
Existem pais que, por terem recebido uma educação emancipadora, procuram dar aos seus filhos uma vida com valores humanizados (não se entenda como humanistas), de fraternidade, de busca da autossuficiência e da autoconfiança, de desenvolvimento da autonomia, de desenvolvimento do diálogo, do desenvolvimento do respeito a si mesmo e da tolerância e respeito aos diferentes e às diferenças.
Além disso, esses pais não fazem acepção direta nem indireta por esse ou por aquele filho, entendendo que eles são diferentes, valorosos nas suas diferenças, e que precisam aprender a conviver uns com os outros, promovendo assim o desenvolvimento da autoestima de todos e não supervalorizando as qualidades de um e tornado pejorativas as do outro, criando hierarquias entre eles.
Pais Emancipados não dizem a um filho que ele deve ser igual ao outro, ou então que um é melhor, é mais bonito, é mais inteligente, que o outro. Essa é uma característica essencial dos pais medíocres.
Pais medíocres são aqueles que, apesar de adultos, ainda sentem-se fracassados, menosprezados por alguém, sem sonhos, sem perspectiva de vida, frustrados e que acreditam que, ao invés de darem condições emocionais e materiais aos filhos de se desenvolverem em sua plenitude, devem, ao contrário, criar hierarquias entre os mesmo, do tipo:
1- “a” é mais inteligente do que “b”;
2- “b” é mais organizado do que “c”;
3- “c”é preguiçoso e egoísta.
Além disso, pais medíocres tendem a gostar e a fazer questão de demonstrar gostar, ter mais amor, por um filho do que por outro.
Pais Medíocres mentem para os filhos, são moralistas, mesmo quando, pela sua conduta paradoxal, já perderam o moral e o respeito diante dos mesmos. Eles, ainda assim, dizem aos filhos: façam o que eu mando, não façam o que eu faço!
Os filhos aprendem, desde muito cedo, a raiz do autoritarismo e da violência, além da ausência de caráter, da mentira e do desrespeito, como sendo valores, regras de conduta, a serem seguidas, a serem copiadas.
Pais Medíocres, que criam hierarquias entre os seus próprios filhos, criam-nas também em relação aos filhos dos outros, dizendo que os seus filhos são melhores, cultivando e sistematizando entre os seus filhos, além das hierarquias, os complexos de inferioridade ou superioridade.
Isso não significa dizer que, geralmente nesse processo, “filho de peixe tenda a ser filho de peixe”. Mesmo, porque, toda regra tem exceção. Existem casos de filhos que, parecendo serem tomados por uma espécie de instinto de autopreservação da própria identidade, rebelam-se contra os valores dos seus pais, devido às violências físicas e psíquicas sofridas, seguindo outros tipos espelhos, de arquétipos, diferentes do dos seus pais, às vezes indiretos, fora do seio familiar.
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